MAGIA NA UMBANDA
Sem Magia não há Umbanda
Magia é movimentação de energia pela aplicação da vontade e da força mental de um agente encarnado ou desencarnado (ou ambos, em união de interesses), com a finalidade de criar campos de forças magnéticos específicos (atração, defesa, retenção, repulsão).
O objetivo que irei abordar é sobre a interface entre as manifestações a nível material e astral de várias manipulações energéticas e suas formas de atuação e utilização.
O principio base da magia na Umbanda vem da união de luz, som e movimento. Vindo desde os tempos imemoriáveis, passando pela grande explosão e se perpetuando até os dias de hoje. O maior exemplo disso no ritual de umbanda é a própria gira, onde se observa claramente a união deste fundamento. Dentro de cada unidade encontramos ainda variações vibratórias, mais ou menos densas, interligadas entre si.
Os organismos primários para a manipulação energética são os quatro elementos da natureza (fogo, água, terra e ar) que servem como "matéria prima" para a confecção magística. A partir do objetivo deve ser analisado qual é o elemento que vibrara mais perto do objetivo almejado.
Vou exemplificar as características para cada um dos quatro:
Fogo
As características básicas do principio do fogo são o calor e a expansão, é um elemento características do pólo positivo construtivo, criador, gerador, e seu pólo negativo é desagregador e exterminador.
Água
Elemento contrario ao fogo, suas características básicas são o frio e a retração, é um elemento com as características do pólo positivo construtivo, doadora de vida, nutriente, preservador, e seu pólo negativo desagregador, fermentador, decompositor e dissipador.
Ar
Elemento intermediário entre o fogo e a água, assumindo do fogo o calor e da água a umidade, é um elemento com o pólo positivo a característica da doação da vida, e no negativo exterminador.
Terra
Como o ar, também é um elemento transitório porem é uma integração entre o fogo, água e ar, com uma característica especifica a solidificação.
1. Feitiço
O encantamento ou enfeitiçamento de objetos ou seres sempre implicava na presença de um mago, porque era um processo vinculado à velha magia. O homem percebeu que poderia tira melhor proveito dessa acumulação de forças e dinamização do éter físico de objetos ou seres. Logo surgiram os filtros mágicos e as beberagens misteriosas, para favorecer amores e casamentos, enquanto se faziam amuletos com irradiações nocivas, com finalidades vingativas. A palavra feitiço, que definia a arte de encantar a serviço do bem, passou-se a indicar um processo destrutivo ou de magia negra.
O feitiço é o processo de convocar forças do mundo oculto para catalisar objetos, que depois irradiam energias maléficas em direção às pessoas visadas. O fenômeno é perfeitamente lógico e positivo, porque toda ação enfeitiçante é ativada no campo das energias livres, em correspondência com as energias integradas nas coisas, objetos e seres. O que o mago faz é inverter os pólos dessas forças, empregando-as num sentido agressivo e destruidor, conforme acontece com as próprias energias da natureza descoberta pelos homens.
2. Concepção setenária dos corpos
De acordo com a concepção setenária (divisão dos corpos em sete), o Homem-Espírito se compõe de dois estratos distintos: a tríade divina, constituída do "Eu Crístico", e o quaternário inferior, ligado ao ego e mutável como ela. Nestes estratos, cada corpo tem denominação e características distintas, com manifestação limitada à dimensão a que está adstrito, pois cada um destes corpos vibra em universo dimensional distinto.
I – Corpo Físico
O corpo físico é a "carcaça" em que vivemos pesado e quase incômodo, de que nos utilizamos para atuar no plano físico, constituído de compostos químicos habilmente manipulados pelo fenômeno chamado vida. Porque constituído de matéria, nosso corpo opera no meio físico com facilidade, pois corpo e meio físico pertencem à mesma dimensão eletromagnética.
II – Corpo Etérico
Como o nome indica, esse corpo tem estrutura tênue, invisível porque diáfana, de natureza eletromagnética densa, mas de comprimento de onda superior ao da luz ultravioleta, razão por que é facilmente dissociado por esta. Pode-se dizer que se trata de matéria tangenciando a imaterialidade. O equilíbrio fisiológico reflete a harmonia que reina no cosmo, e o corpo etérico tem por função estabelecer a saúde automaticamente, sem interferência da consciência. Funcionando como mediador plástico entre o corpo astral (corpo mais grosseiro do espírito) e o físico, o corpo ou duplo etérico é de natureza material: pertence aos domínios do homem-carne.
a. Constituição e propriedades – O ectoplasma
Em situações normais o corpo etérico não se separa do corpo somático da criatura viva, ao contrário dos corpos astral e mental; ele é físico, está jungido à carne. Quando separado através de energia vinda de fora do corpo, isso acontece por momentos apenas, em distância também reduzida. Sabe-se, hoje, que esse corpo é constituído de material a que Richet deu o nome de ectoplasma. Trata-se, com efeito, de substância semelhante a um plasma, fluído fino que tem a propriedade de se condensar logo que exsudado do corpo do doador. Enquanto o corpo somático é composto por sólidos, líquidos e gases que formam células, tecidos, órgãos e aparelhos, o corpo etérico é constituído pelos mesmos elementos e minerais, estruturados, porém, em estado tão tênue que escapa por inteiro ao crivo laboratorial – a não ser quando o corpo é exteriorizado e condensado suficientemente, de modo a se tornar visível e palpável: nestas anormais condições, fragmentos foram analisados em laboratório, constatando-se a dominância de elementos proteínicos semelhantes aos dos órgãos carnais. Embora pareça fantasma, o corpo etérico não é espiritual e se dissolve com a morte, ao cabo de algumas horas. Ás vezes é visto nos cemitérios, em forma de nuvem leve que aos poucos se dissolve. Como já frisamos, não tem consciência. E pode servir de alimento vital para espíritos humanos inferiores e à imensa variedade de seres habitantes do astral, principalmente os zoologicamente inferiores e os que costumam freqüentar cemitérios. Clarividentes sem experiência não raro confundem esses duplos etéricos desativados (cascões) com fantasmas de mortos.
b. – Doenças etéricas
Grande número de doenças que se considera radicadas no corpo físico têm como sede, na realidade, o substrato anatômico da organização etérica. É dali que passam para o corpo somático, onde aparecem como disfunção vital. Tal fato, apenas um dentre muitos deveria merecer dos cientistas médicos uma atenção cuidadosa, pois abre campos de investigação ainda não devassados por lentes e escalpelos.
c. – Uma ponte entre o físico e o astral
Por intermédio da estrutura etérica todos os atos volitivos, os desejos, as emoções e quaisquer manifestações da consciência superior passam a atuar sobre o corpo físico ou, mais precisamente, sobre o cérebro carnal. Ela promove a necessária degradação de freqüência entre o campo espiritual do astral e o campo físico.
III – Corpo Astral
A alma recebeu de Kardec o nome genérico de "perispírito". Nesta denominação foram abrangidos os diversos corpos "sutis", até mesmo o etérico que, no entanto, é físico. Para Kardec são sinônimos, portanto, "alma" e "espírito". Para nós, "alma" e "perispírito" é que deveriam ser sinônimos, ambas as expressões designando o conjunto de envoltórios do espírito, desde o corpo astral aos outros, mais sutis (com obvia exceção do etérico).
a. Importância e densidade
Dá-se o nome de corpo astral ao invólucro espiritual mais próximo à matéria, tanto que facilmente pode ser visto pelos clarividentes. Todos os espíritos que incorporam em médiuns possuem esta estrutura corpórea sutil. Ela é tão necessária para a manifestação do espírito, na dimensão em que se encontra (astral), como o corpo para os humanos. É com este corpo que os espíritos vivem na dimensão astral; os que se comunicam habitualmente nas sessões espíritas possuem este veículo mais ou menos denso, conforme o grau evolutivo do seu possuidor. Aqueles que já não o possuem, porque mais evoluídos, comunicam-se com os médiuns por sintonia mental, sem incorporação.
O corpo astral não tem a mesma densidade em todas as criaturas humanas. Varia grandemente de massa, de tal modo que o homem desencarnado possui verdadeiro peso específico que, em Física, é resultado da massa de um corpo dividida por seu volume: P = M/V. Este estado de maior ou menor densidade é que diferencia os espíritos: quando desencarnados, somos quase automaticamente localizados na região ou faixa vibratória do mundo espiritual que for mais compatível com nosso peso específico.
b. Propriedades e funções do corpo astral
Esta facilidade de separar-se do corpo físico é característica do corpo astral. Imaterial e de natureza magnética, não tem constituição fluídica como o duplo etérico; não se condensa e tampouco forma objetos materializados, pois de natureza completamente diversa da matéria. No entanto, pode ser modelado pela ação da força mental com relativa facilidade. Desta propriedade nos servimos em técnica de tratamento de espíritos enfermos, aleijados, mutilados ou feridos, que ainda sentem os sofrimentos das enfermidades que lhes provocaram a morte. Uma das mais importantes funções do corpo astral é a da sensibilidade. Sabemos que ela reside nesse campo ou dimensão; o corpo físico apenas transmite estímulos recebidos, cabendo à estrutura o registro da sensação dolorosa ou de prazer. Os vícios são de natureza psíquica exatamente por causa disso; sua origem está no astral: é o astral que sente. Por esta razão, levamos conosco os nossos vícios e paixões. Ao morrermos; se fosse de modo diverso, não haveria motivo para desencarnados continuarem sofrendo dores de natureza física. Nem serem portadores de deformações dolorosas como se constata, em reuniões espíritas. A sensação é a mais grosseira forma de sentimento. Já a emoção tem mais complexidade, ligando-se ao desejo; pode ser exacerbada até atingir a anormalidade da paixão. Mas não nos esqueçamos que tanto sensações como emoções são estados muito importantes de consciência, pois dão colorido e força aos nossos atos. A luta maior que travamos – contra nós mesmos, em favor de nossa evolução consiste precisamente em refrear, policiar e dominar desejos e sentimentos, principalmente as paixões. Desde os impulsos instintivos e animais, como a fome, sede, desejo sexual, até os sentimentos elevados como o amor ao próximo, solidariedade, amizade, afeto, ternura etc., ou as desenfreadas paixões de posse, poder ou concupiscência. Todas as emoções e desejos se manifestam no mundo astral. Desse corpo, e por evolução, os sentimentos se devam e passam a outros níveis de consciência, próprios de espíritos superiores.
c. Alimentos e "morte" do corpo astral
Nosso corpo astral perde energia constantemente, necessitando de suprimento energético para sua sustentação, tal qual o corpo físico. Mas a natureza deste alimento varia muito; vai dos caldos protéicos necessários aos espíritos muito materializados, fornecidos pelas casas de socorro no astral, até as quintessenciadas energias que alimentam os espíritos superiores, colhidas (através da prece) diretamente do infinito reservatório de energia cósmica. Espíritos habitantes do astral inferior ainda bastante animalizados costumam comer até mesmo alimentos humanos. Se: houver perda de energias sem a necessária reposição, principalmente em decorrência de paixões, o espírito pode perder o corpo astral; ficará reduzido a um ovóide inativo, conforme nos relata ANDRÉ LUIZ.
A forma normal de se perder este corpo, no entanto, é por evolução; assim como se perde o corpo físico pela morte, perde-se também o astral. Os espíritos que já não o possuem mais, porque muito evoluídos, não podem ser vistos pelos moradores mais grosseiros desse plano – como já vimos.
Em síntese: a evolução faz com que nos afastemos cada vez mais de organizações densas, próprias da matéria, até abandoná-las por completo. A involução, por outro lado, pode também nos levar este corpo – exatamente como se perde o corpo físico em conseqüência de vícios e paixões.
IV – Corpo Mental
Este é o veículo de que se utiliza o eu cósmico para se manifestar como intelecto concreto e abstrato; nele a vontade se transforma em ação, depois da escolha subjacente ao ato volitivo. Campo do raciocínio elaborado dele brotam os poderes da mente, os fenômenos da cognição, memória e de avaliação de nossos atos, pois que é sede da consciência ativa, manifestada. Enquanto do corpo astral fluem a sensibilidade física e as emoções, o veículo mental pode ser considerado fonte da intelectualidade.
De certa forma, o corpo mental ainda constitui invólucro inferior, pois padece da horizontalidade desses fenômenos ou funções a que se convencionou chamar "intelecto". Somente em níveis superiores de consciência – em que estão presentes, no mais alto grau, as virtudes que resultam do afetivo amor por todos os seres – pode manifestar-se a espiritualidade mais elevada, nossa essência.
a. Mental concreto e mental abstrato
Este campo, corpo ou dimensão do Homem-Espírito costuma ser dividido em dois, para melhor compreensão:
– Corpo mental concreto, chamado também de mental inferior: trata de percepções simples e bem objetivas, como, por exemplo, as de objetos materiais, pessoas, casas, veículos, etc.:
– Corpo mental abstrato, corpo causal ou mental superior: elabora e estrutura princípios e idéias abstratas, buscando sínteses ou conclusões que, por sua vez, são geradoras de novas idéias – é assim ad infinitum – processo responsável pelo avanço científico e tecnológico, além de todo o nosso embasamento filosófico.
b. Aura – Projeções mentais
O corpo mental tem forma aproximadamente ovóide, envolvendo o corpo físico. Suas porções periféricas constituem a aura, que tem tamanho e cores variáveis de acordo com a freqüência dos campos vibratórios gerados pelos pensamentos. Aos clarividentes é fácil perceber o que se passa na mente das criaturas: pensamentos bons têm cores claras, cristalinas, brilhantes; os inferiores (ódio, inveja, maldade, vingança. etc.) apresentam cores escuras, densas e desagradáveis.
A aura, portanto, revela a nota tônica do campo mental das pessoas. A energia da mente pode ser projetada no espaço através de estruturas conhecidas como formas-pensamento. Constituídas de um núcleo de energia com forma moldada pela mente que as projeta, elas podem prejudicar ou beneficiar as pessoas que visam, conforme a vontade de quem as crie – consciente ou inconscientemente. Negativas, assumem formas de dardos, setas, projéteis ou campo turvo, por exemplo. Positivas, com mais eficiência tomam as formas que o operador desejar; podemos, por exemplo, empregar a energia da mente também para beneficiar espíritos desencarnados, limpando-os, vestindo-os e alimentando-os, no objetivo de melhorar suas condições espirituais. A dimensão natural dessa energia é o mental. Projetada, ela normalmente atua primeiro sobre o campo ou corpo mental de outros seres, daí passando para os corpos ou campos astral e etérico, para enfim agir sobre o físico, já convertida em ação psicomotora. Se lançada com emoções, porém, se revestirá de massas magnéticas tanto mais densas e turvas quanto mais baixas (e negativas) forem as freqüências vibratórias das emoções; nestes casos, em que se inclui a geração de formas-pensamento, a energia mental emitida atingirá primeiro e diretamente: o corpo astral da criatura visada, de onde passará para o etérico e, em seguida, o físico. O pensamento é força viva. A energia que projeta é proporcional à potência da mente e à força de vontade do emissor.
d. Outras propriedades
Não se conhece, na intimidade, a fisiologia desse campo, estrutura, dimensão ou corpo que chamamos "mental". Tudo indica, porém, que seja de natureza magnética, com freqüência vibratória muito superior à do corpo astral. Que a energia mental é de natureza magnética parecem indicar experiências que vimos fazendo desde há doze anos, e das quais se originou uma das nossas mais interessantes técnicas, em tratamentos de desobsessão: a espolarização dos estímulos da memória, de que trataremos adiante. Por pertencer a um universo dimensional próprio, o corpo mental apresenta propriedades e funções específicas, além de ação mais poderosa e penetrante que a do corpo astral. Esta energia irradiada não é uniforme. Varia enormemente de freqüência, segundo a qualidade ou natureza do pensamento: se grosseiro, se veicular interesses inferiores ou se maléfico (revestido de emoções de ódio, agressão ou inveja, por exemplo), terá freqüência muito baixa. A energia será de escassa penetração, mas o pensamento terá massa. E se essa massa malfazeja alcançar a estrutura astral da vítima poderá aderir a da (principalmente se coincidir com algum abaixamento da tônica de freqüência da pessoa), prejudicando-a sobremaneira. É o caso das práticas de magia negra, que tendem a tornar cada vez mais baixas as vibrações das pessoas visadas, causando-lhes sofrimentos e angústias indefiníveis, mal-estar, sensações de abafamento etc. Ao contrário, se o pensamento for impregnado de bondade, compaixão, amor, solidariedade (tudo, enfim, que tenda à harmonia), a criatura visada haverá de se sentir bem, esperançosa, feliz, com sensação de indefinível leveza. Isso se explica pela freqüência da emissão, pois vibrações superiores à tônica da pessoa dão-lhe bem-estar; se inferiores, o efeito será oposto. O pensamento, como se vê, pode ser criador ou destrutivo. Se a criatura possui uma freqüência elevada como nota tônica de sua personalidade, as formas-pensamento negativas não têm condições de aderir ao seu corpo astral: são automaticamente repelidas. Nada se envisca à estrutura corporal-espiritual das criaturas em que a bondade e a pureza são características dominantes; formas-pensamento maléficas só podem atingir pessoas que estejam em faixa vibratória compatível.
e. – Ressonância mental
O corpo mental é muito ou pouco refinado, na medida do grau de desenvolvimento intelectual e moral. Ao pensar, o Eu imprime vibração específica no campo ou estrutura mental, com o estado vibratório se propagando em todas as direções – como, aliás, acontece com fenômenos de que se ocupa a Física. Ao receber, essa energia com onda de comprimento fixo, todos os campos ou estruturas (corpos) mentais que estiverem na mesma freqüência, ou em harmonia com da, entram em ressonância vibratória.
Se o pensamento for de natureza elevada, os seres afinados vibrarão nessa nota tônica, reforçando a onda inicial. Com pensamentos maléficos ou de baixo nível moral acontece o mesmo.
É fácil, por isso, compreender a importância de se manter a tão decantada higiene mental e os bons pensamentos, a pureza de coração recomendada por Mestres, iniciados e espíritos evoluídos de todas as eras. Vivemos atolados em ambiente de baixo nível vibratório, onde predominam emanações passionais e interesses materiais rasteiros, imediatistas: um oceano de baixas freqüências. Se cultivarmos pensamentos e atitudes de elevado padrão moral, essas emanações inferiores não nos atingirão. Mas se procedermos de modo inverso, estaremos sintonizando essas faixas negativas, rebaixando nosso tônus vibratório mental e, em conseqüência, afundando em processo de inferiorizarão que implica sofrimento, conflitos e doenças.
V – Corpo Buddhi
Quase nada se pode dizer sobre a estrutura vibratória (ou campo, corpo, ou dimensão) mais próxima do espírito. Tão distante está este corpo de nossos padrões físicos e de nossos meios de expressão que não há com que compará-lo, descrevendo-o. É possível dizer que buddhi é o perispírito na acepção etimológica do termo: constitui a primeira estrutura vibratória que, envolvendo o espírito manifesta-o de modo ativo.
VI – O Corpo Átmico Ou Espírito Essência
Haveria alguma forma de definir Aquilo que, por definição, transcende símbolos e palavras? Qualquer tentativa de descrever o que designamos por "Espírito" resultará deficiente porque, para isso, a ineficácia das palavras tem sido comprovada ao longo dos milênios e sucessivas civilizações.
Clássicos, contudo, e milenares os conceitos da filosofia védica continuam os mais esclarecedores, por sua transparência. Segundo os Vedas. o Ser Uno e Universal – Brahman (o Imanifestado), transcendente e eterno – ao se manifestar se torna imanente em sua temporária Ação; os indivíduos d'Ele emanados contêm sua Essência assim como o Pensador está em seus pensamentos. O Absoluto, o Universal, manifesta-se em cada um dos seres individualizados, por menores que sejam; mas exatamente por ser Absoluto, e, assim, escapar a todo entendimento humano, transcende a tudo que tem existência. A esse onipresente Absoluto manifestado e manifestando cada indivíduo, dá-se o nome de Atman ou Espírito. O "corpo" átmico ou "Espírito" puro, esse Eu Cósmico constitui a Essência Divina em cada ser criado. Somos idênticos a Deus pelo Ser (Essência), mas diferentes d'Ele pelo existir: Deus não "existe"; Deus É eternamente presente. Não deve ter sido por outra razão que Jesus disse: "Vós sois Deuses."
3. Reversibilidade Energética
Segundo a Física: Quântica, a Matéria se dissolve em Energia e, esta, em algo desconhecido. Esse algo desconhecido, no entanto, nada mais é do que… Espaço!
O Espaço é a última conseqüência, o último estágio de degradação energética no trajeto da Matéria para o aparente "nada". Por outro lado, se quisermos partir do "nada" em direção à Matéria, nosso ponto de partida seria o Espaço – repositório de tudo quando existe – até chegar aos metais pesados, em longo e complexo processo de adensamento paulatino. A Matéria, portanto, é, em última análise, condensação do espaço. E a Energia, com seu imenso leque de faixas vibratórias, o estágio intermediário entre Espaço e Matéria. Esse estágio intermediário é formado pela deformação do espaço num estado tensional.
I – Origem da Matéria
Temporariamente deformado e em estado de tensão, o Espaço libera força cuja intensidade é proporcional ao grau de deformação. No segmento de Espaço afetado nasce um estado dinâmico, pois que "força" ou "energia" implicam dinamismo, potência, trabalho. Quando a energia dessa tensão atinge certo grau de dinamismo, é levada a condensar-se naturalmente, pelo movimento cada vez mais intenso em vórtices cada vez menores. Largas "massas" de Espaço vão reduzindo de "tamanho" até se adensarem na primeira e mais simples manifestação estável e mensurável da Matéria – segundo a equação:
Ou seja:
Me- = 0,91070027179 x 10-27 g (massa de elétron)
h = 6,6128273143 X 10-27 erg/s (Constante Universal de Planck) essa constante aponta a energia necessária para o salto de um elétron, de sua órbita original, para outra mais exterior.
Vy = 1,23777 X 1020 ciclos/s (Freqüência do raio gama)
C² = 8,987764166 x 1020 cm2/s2 (Quadrado da velocidade da luz)
Por esta equação, vemos que a Energia dá origem à Matéria.
II – O Nascimento do Fóton
Para que a equação anterior se processe, porém, temos de equacionar um estágio anterior de condensação, em que o dinamismo espacial – a um máximo de energia – produz vórtice infinitamente pequeno de que resulta certo valor ainda mais elementar, por enquanto desconhecido pela Física. É o valor do fóton gama, que ainda não pôde ser verificado e medido pelos aparelhos de que dispomos, mesmo os mais sofisticados. Diz-se, só por isso, que o fóton não tem massa.
Poderíamos chamá-la de "massa quântica", ou seja, massa dinâmica. com valor 0,73578882342 x g determinado teoricamente pela Matemática.
O valor do fóton gama, base para o aparecimento do elétron é dado pela equação:
Mo = significa a massa quântica do fóton
h = Constante de Planck (chamada "Quantum" de energia); Dividida pelo quadrado da velocidade da luz, a Constante de Planck materializa o fóton gama.
III – Momento de inércia: massa unitária do magnetismo?
Se tomarmos o "quantum" de energia de Planck – a constante h – e o dividirmos pela velocidade da luz, terão: ou seja:
Mas este mesmo valor de "M" é obtido com o produto da massa teórica de fóton gama pela velocidade da luz:
(0,735758882342 x ) x (2,99796 x ) = 2,2057756989 x
Como se vê, ambos os resultados apontam para uma partícula de massa infinitamente pequena: g. É possível que ela represente a massa unitária do magnetismo.
IV – Espaço, Reservatório de Infinita Energia
Discorremos sobre o binômio fundamental da Física – Matéria e Energia – só para acrescentar (por motivos que adiante se verá) que não se trata propriamente de binômio, mas de um trinômio: Matéria. Energia e Espaço. Vivemos e respiramos Espaço, ele nos rodeia e interpenetra o íntimo de nosso ser, está presente tanto nas três dimensões de nosso corpo físico como nas outras, invisíveis, do mundo espiritual. Tudo é Espaço. Somos, em última conseqüência, Espaço manifestado, Espaço tomado fenômeno.
O Espaço, portanto, é primeira manifestação de Deus. É por essa razão que, em nível de grandeza, ele se confunde com Deus na infinitude de extensão.
Apenas para ilustrar, e para que se tenha condições de perceber a equivalência entre Matéria e Energia livre, desenvolveremos a equação de EINSTEIN, estabelecendo comparação bem simples. Transformemos o peso de um homem de oitenta e cinco kg em energia pura:
Comparemos agora este total de energia pura, liberada por um homem de 85 kg de peso com a energia elétrica produzida por grandes usinas, em escala industrial. A usina de Itaipu no Paraná em 2008 produziu 9,468x kWh no ano.
Dividindo a energia resultante de um homem de 85 kg pela produção anual de Itaipu, teremos:
Isto é, Itaipu teria de fornecer toda a energia que produz, e durante vinte e dois anos, para formar um homem de apenas 85 kg. Ou, a recíproca: a energia liberada pela matéria contida em um homem de 85 kg seria suficiente para suprir a produção Itaipu por vinte e dois anos.
Vê-se, assim, como é imenso o potencial energético condensado na Matéria. E, por outro lado, o quanto é imenso, inimaginável o potencial de energia livre que é o Espaço.
V – O enigma do Espaço
Além das micro-partículas que integram o átomo, por baixo dos universos infinitamente pequenos com que se manifestam tudo que existe lá, além da energia primordial há Algo indefinível, que escapa ao nosso entendimento.
Não é matéria, tampouco energia. No entanto é o Ser Absoluto em estado de existência potencial. Deste estado de existência pura, ainda não manifestada, provém toda a Criação; ele é o substrato último de toda a existência.
Essência de tudo relativo, o Absoluto contém a infinita potencialidade. Ser Único, eterno e não manifestado, Ele se transforma em todas as formas de vida e em tudo que tenha existência, criando continuamente. Em conseqüência, é a última – e eterna – realidade científica, o ômega da ciência.
O Espaço que nos rodeia nos dá idéia dessa Realidade. Ao contemplar o céu estrelado sentimos a vertigem das grandezas incomensuráveis; milhões de astros, constelações, galáxias, universos se sucedem nos infinitos do Tempo e do Espaço, de tal modo que nos vemos incapazes de conceber grandezas macro cósmicas. Por outro lado, ao baixarmos os olhos para o infinitamente pequeno, somos colhidos pela mesma vertigem: ali também se abre o Espaço, nele evoluem micro mundos, constelações de energias, universos subatômicos.
4. Obsessão
I – Ressonância vibratória
Ressonância, em Física, é "o fenômeno que ocorre quando um sistema oscilante (mecânico, elétrico, acústico etc.) é excitado por agente externo periódico, com freqüência idêntica a freqüência fundamental do receptor, ou a uma de suas freqüências harmônicas. Nestas circunstâncias, há uma transferência fácil de energia da fonte externa para o sistema, com oscilações que podem ter amplitude muito grande. Se não houver amortecimento da onda, a amplitude pode atingir, em princípio, qualquer valor, por maior que seja; nos casos práticos, o amortecimento da onda, por dissipação de energia, a limita."
Já a transferência de energia de um campo eletromagnético para um sistema atômico (condutor material), em presença de um campo magnético, pode ocorrer pela absorção da energia do sistema indutor, pelos núcleos ou pelos elétrons orbitais do sistema receptor. É a ressonância magnética.
No campo espiritual, ressonância é a transferência de energia de um sistema radiante, indutor, para outro sistema radiante, receptor, que tenham freqüências sintonias.
É um fenômeno mental. A energia do pensamento do espírito emissor (encarnado ou desencarnado) é captada e absorvida pela energia mental do espírito receptor, esteja encarnado ou desencarnado. Esta transferência energética faz com que o receptor sofra influência da energia vinda de fora. Seu estado mental varia para melhor ou para pior, sua freqüência fundamental se eleva ou se rebaixa segundo as características do influxo indutor. Se rebaixada a freqüência, o receptor haverá de se sentir mal, e, conforme o estado de desarmonia que o abaixamento provocar, poderá até adoecer. Há, nisso, gradação, conforme a potência do influxo indutor: desde a sensação de cansaço para a de peso nos membros e na cabeça, evoluindo para mal-estar geral, náusea, até atingir o estado mórbido declarado. Quando o influxo deva a freqüência fundamental do receptor, dá-se o contrário. Há de se sentir muito bem, leve e lúcido.
Para que se possa bem avaliar a importância desses fenômenos de ressonância, lembramos que a magia negra, em última análise, é um processo de intenso abaixamento de freqüência, habilmente manipulado para gerar destruição, sofrimento e desarmonia. Para comprimir violentamente para baixo a freqüência vibratória de suas vítimas, os magos negros se utilizam de processo diabólico, de vasto alcance, em que estudam o individuo visado, seus hábitos, vivências afetivas, defeitos, vicioso tendências, ambições de realização econômica, possíveis defesas espirituais e, principalmente, quantidade de seus inimigos do Passado e potencial maléfico deles. Outro tipo de ressonância costuma gerar síndrome psicopatológica perfeitamente definida, a que damos o nome de Síndrome de Ressonância com o Passado, com sintomatologia, patologia, terapêutica e prognóstico bem definidos.
Os médiuns que lidam com a magia, que manipulam energias telúricas relacionadas com os quatro elementos planetários, ar, terra, fogo e água, aliadas às enormes quantidades de ectoplasma que envolvem as curas espirituais nos terreiros, acabam desenvolvendo intenso poder mental pelas seguidas concentrações que envolvem os trabalhos na Umbanda. As repulsas, os ódios, ciúmes e aversões inexplicadas, inconscientes, plasmam formas-pensamentos selváticas, que tranqüilamente podem se comportar como verdadeiros enfeitiçamento, a ponto de "atacarem" os alvos visados.
II – Tipos
A obsessão vai bem além do tipo mais conhecido, que é o desencarnado sobre o encarnado. Existem ainda quatro tipos de obsessão além do já citado, que são:
1- Encarnado sobre o desencarnado
2- Encarnado sobre encarnado
3- Desencarnado sobre desencarnado
4- Auto-obsessão
Observamos que os motivos que levam a tais atos são normalmente: Carência afetiva, inveja, conflitos interpessoais seguindo de sentimentos negativos. Segundo "Livro dos médiuns" – Allan Kardec existe três níveis de obsessão:
Obsessão simples – Consiste na imposição do espírito sobre o médium e impedindo sua comunicação com outros. O médium tem consciência da atuação negativa do obsessor.
Fascinação – Ocorre pela ação direta do espírito sobre o pensamento do médium que de certa maneira paralisa o seu raciocínio. Fazendo com que o médium não acredite que a influência seja negativa.
Subjugação – Consiste na paralisia daquele que a sofre. Fazendo agir de modo não habitual. Perdendo completa ou parcialmente o controle de seu raciocínio e/ou corpo físico.
Podemos observar que isso só é possível se ocorrer uma brecha, ou seja, ele tem que estar em uma faixa vibracional que propicie a obsessão. Segundo Caboclo do Mar a pior delas é a auto-Obsessão, como o próprio nome já diz a vítima é o próprio algoz.
Dentro da umbanda os trabalhos de desobsessão consistem primeiramente em apresentar-lhe a situação e compreender o mal que está causando, caso não surta efeito são impostas medidas doutrinarias.
III- Aparelhos Parasitas
São aparelhos criados para obsediar vitimas indiretamente, sem a presença constante do obsessor. O processo geralmente consiste na relação entre uma entidade obsessora e um mago-negro especializado, também chamado de técnico.
O aparelho é implantado no sistema nervoso central da vítima e é controlado a distancia por um tipo de controle remoto. O implante gera efeitos físicos na vítima que vão desde desmaios ate algo assemelhado a convulsões. Também efeitos psicológicos geralmente tendendo a depressão.
O mecanismo recebeu aperfeiçoamentos, inicialmente era feito de material "sintético", mas recentemente está sendo utilizado um aparelho feito do próprio ectoplasma da vitima.
5. Utensílios
I. Endereço Vibratório
Endereço vibratório é um objeto ou coisa pertencente à vítima, e que o feiticeiro usa como um catalisador de energia. Serve de orientação para a carga. As coisas se impregnam das emanações de seus possuidores. Quantos aos efeitos que atuam sobre os alvos do objeto, os feiticeiros os conseguem através da "projeção" de fluidos, que desdobram nos campos eletrônicos dos objetos preparados sob o ritual vibratório.
II. Atuação do Astral Baixo Sobre Utensílios
O êxito da bruxaria também depende da ajuda de espíritos desencarnados comparsas, os quais se encarregam de desmaterializar os objetos em questão e, transportando as "matrizes" ou duplos etéricos para serem materializados em travesseiros, colchões ou locais onde as vítimas permanecem freqüentemente.
Os acontecimentos da vida estão intimamente ligados à ação da Energia sobre a Matéria. O conceito atual de matéria, aceito pela ciência acadêmica, é a energia condensada ou força coagulada. Sendo assim, a matéria, embora partícula de força condensada age vigorosamente em todos os campos vibratórios dos planos etéreo-astral em mental onde se originou. Desde que essa matéria ou energia acumulada seja acionada com mais veemência, ela aumenta a sua ação nos correspondentes planos vibratórios do seu natural "habitat". Essa atividade amplia-se tanto quanto seja a capacidade de se ativar ou excitara substância material, fazendo-a repercutir em direção ao seu campo dinâmico natural. Atuando vigorosamente na matéria, atuareis nos planos energéticos de onde ela provém, porquanto houve uma "condensação" ou "aglomeração" para os sentidos físicos.
Conseqüentemente, essa energia presente em todos os corpos e aprisionada pelos limites da forma, extravasa continuamente, formando as "auras" dos minerais, vegetais e seres humanos. O campo magnético, à superfície dos corpos físicos, é rico de radiações, ou seja, partículas magnéticas que se desagregam continuamente de todas as expressões da vida material. Visto que as criaturas humanas são também energia condensada, elas então alimentam um campo radioativo em torno de si, e que deixa um rastro ou uma pista de partículas radioativas por onde passam pelos quais os cães se orientam utilizando-se do "faro" animal. A tradição de que o enfeitiçamento feito no rasto da vítima é absolutamente eficiente e difícil de desmancho, é porque a condensação de fluidos perniciosos é feita diretamente no campo magnético da aura de energia em liberação do enfeitiçado. O lençol de partículas radioativas da vítima, ainda em ebulição e ativo na área do trabalho, então favorece uma imantação mais compacta e profunda na penetração áurica. Embora considerando o extraordinário senso de orientação que a "mente – instintiva" proporciona às aves e aos animais , ajudando-os na luta pela sobrevivência, com poderes ou faculdades que espantam o próprio homem, o certo é que, durante as suas deslocações de um lugar para o outro, eles também despendem partículas radioativas e deixam verdadeiras pistas magnéticas vibrando no mundo oculto. Assim, os cães e gatos, quando afastados a quilômetros distantes de sua moradia, eis que retornam habilmente até o ponto de partida, porque seguem o contrário da própria pista radioativa que deixaram anteriormente.
A atmosfera magnética viscosa, que resulta da presença de condensadores enfeitiçados, transforma-se em excelente campo alimentício de larvas, embriões, bacilos e vibriões psíquicos oriundos do mundo invisível aos sentidos humanos. Esses elementos do astral buscam vorazmente as zonas de "depressão magnética" da vítima, para seu sustento mórbido. Condensam-se em formas gradativas intermediárias no perispírito, até alcançarem o plano físico, onde a ciência, depois os pressente na forma de "vírus" e "ultra vírus" e demais probabilidades patogênicas, responsabilizando-os por inúmeras enfermidades.
A ação transformadora dos objetos enfeitiçados inverte os pólos de freqüência e o dinamismo natural da energia em liberdade, degradando-a para uma condição realmente viscosa, decomposta e deteriorada. Essa viscosidade como lençol denso de magnetismo, torna-se o elemento intermediário, ou revelador, a fim de as coletividades destruidoras fazerem o seu "descenso" vibratório para o campo material. Elas então ingressam nessa aura de magnetismo pegajoso da vítima, convergindo para o seu metabolismo fisiológico e criando-lhe estados enfermiços de origem dificílima de identificarem pelo mais abalizados exames médicos.
As "auras viscosas" dos objetos manipulados podem fortalecer-se através dos próprios desequilíbrios psíquicos das criaturas humanas, que se encontram no raio de ação do trabalho, mesmo as que não foram visadas pela bruxaria poderão sofrer seus efeitos no astral enfermo.
Criam em torno da vítima um campo de fluidos inferiores, dificultando muitas vezes a receptividade intuitiva de instruções e recursos socorristas a serem transmitidos pelos guias espirituais, que operam em faixa mais sutil.
O esforço principal do feiticeiro é isolar a vítima do auxílio psíquico, entregando-a apenas as sugestões malévolas que lhe desorientam todos os campos da vida, seja ela financeira, emocional, social, etc.
A melhor defesa contra as projeções de fluidos maléficos é a vigilância incessante contra toda sorte de pensamentos pecaminosos, maledicentes e emoções descontroladas. A oração é um poderoso antídoto de química espiritual decompondo os fluidos ofensivos e deprimentes.
Conclusão
Concluí-se que o campo magístico é de difícil acesso ou compreensão, suas informações são geralmente restritas seguindo uma proteção por nível hierárquico, além que se tratar de um conhecimento seqüencial. E compreendemos que é desta forma porque tal conhecimento gera poder, e poder em mãos erradas pode ser destruidor.
E tendo isso em mente vemos que apesar de nossos esforços existe muita coisa faltando, e outras que foram pouco citadas, com o nosso atual conhecimento notamos que não conseguimos absorver conhecimentos mais avançados.
No desenvolvimento dos trabalhos de Umbanda, atraímos energias quando riscamos um ponto com finalidade mágica e, ao mesmo tempo, realizamos uma invocação. Quando tocamos uma sineta diante da tronqueira de Exu (local onde é fixado vibratoriamente o guardião do templo, geralmente à entrada e aos fundos do terreiro), defendemo-nos pedindo proteção e segurança. Da mesma forma, alguns atos magísticos podem ter por objetivo a retenção de certas energias, como por exemplo: ao acendermos uma vela para um determinado orixá no local vibrado dentro do terreiro para essa finalidade específica, ou quando rogamos amor para Oxum ou prosperidade para Iemanjá.
Quanto mais unido for um grupo que objetiva praticar a magia, mais coeso e força terá o ato magístico, embora um mago adestrado consiga interferir em campos de energia somente pela sua mente disciplinada.
Na Umbanda, a movimentação de energias entre essas dimensões se dá pela via mediúnica, não bastando "apenas" ser um mago sacerdote. São os guias do "lado de lá" quem conduzem todos os trabalhos e têm o alcance de justiça e outorga do Astral superior para determinar a amplitude das tarefas realizadas. Por esse motivo, ficamos bastante receosos com os muitos magos existentes atualmente, e com a rapidez com que são formados. Somos de opinião que está faltando mediunidade em muita magia praticada por aí. Preocupa-nos os cursos de formação coletiva, regiamente pagos, para se obter insígnias sacerdotais de mago disto ou daquilo, com solenidades grandiosas de entrega de títulos e paramentos bonitos. Todo o cuidado é pouco quando tratamos com magia cerimonial caritativa de auxílio ao próximo, pois "aquele que não tem patuá que não se meta com mandinga", diz-nos sempre a veneranda Vovó Maria Conga, sabedora do efeito de retorno para todos nós quando interferimos em campos de energias de outras pessoas, sem autorização para fazê-lo em conformidade com as leis cármicas.
É preciso comentar que todo médium da Umbanda é, em maior ou menor proporção, um mago, mas nem todo mago é um médium, pois a premissa para se ter uma função sacerdotal na Umbanda é a mediunidade, e não o contrário: dirigentes magos, sem nenhuma mediunidade, na frente de um congá.
Axé