MÉDIUM DE INCORPORAÇÃO
Responsabilidade e Compromisso
Essa é uma dúvida muito comum. A mediunidade tem tantos caminhos, e, como conhecemos apenas alguns deles, esse tema pode gerar alguma confusão.
Especialmente no caso dos médiuns de incorporação, essa habilidade pode não ser reconhecida logo no início dos primeiros sinais e sintomas que o aflorar mediúnico causa.
A mediunidade é uma capacidade inerente ao ser humano, ou seja, todos possuem em maior ou menor grau. Esse termo é originário do latim e significa "intermediar", exercer um papel de mediador entre a matéria e o mundo espiritual. Assim, para você que está perguntando "como saber se sou médium de incorporação", é preciso entender primeiro um pouco mais sobre a mediunidade e o seu significado.
"Mediunidade nos aproxima da luz quanto das trevas. Se sabe ser médium, cuidado com seus pensamentos e atitudes. Luz atrai luz, escuridão atrai escuridão"
Swami Paatra Shankara
Essa habilidade consiste na capacidade de interagir com energias de frequência distintas das encontradas na matéria.
Assim, uma pessoa com alto grau mediúnico consegue perceber os espíritos e se comunicar com eles das mais variadas formas.
Alguns conseguem apenas escutar os espíritos, outros possuem a capacidade de receber deles mensagens por escrito, já outros podem ver essas entidades como se estivessem diante de um encarnado.
Há também médiuns que apenas sentem as energias, mas não conseguem se comunicar.
Tudo vai depender do tipo de mediunidade e da missão de cada um. Assim, a medida que estudam mais e aprendem a lidar com esse dom, os médiuns começam a desenvolver essa faculdade que, conforme passa o tempo e o conhecimento aumenta, vai ficando cada vez mais intensa. Para os médiuns de incorporação, a capacidade se resume em conseguir "emprestar" o seu corpo físico para espíritos que estão desencarnados possam se manifestar.
O espírito não "entra" dentro do corpo do médium, como costumamos pensar. Ele só consegue assumir o controle dele, por um curto período de tempo, em função da aura desse tipo de médium ser mais densa. É como se houvesse uma acoplagem com a aproximação do espírito, que consegue controlar a mão do médium ou a voz, quando há uma manifestação vocal.
"A mediunidade independe da religião"
Johnny De Carli
A mediunidade, portanto, é um vasto campo de competências ligadas à relação que os espíritos possuem com os encarnados e pode se manifestar de muitas formas diferentes. Como somos todos espíritos, todos possuímos mediunidade em graus leves, porém, quando a mediunidade é ostensiva e muito forte, trata-se de uma missão de vida. Ela é uma ferramenta de resgate e evolução, que promove o crescimento espiritual do médium através da ajuda ao próximo. Por isso, a mediunidade não deve ser usada para fins financeiros ou benefício próprio, mas sim ser colocada à disposição dos aflitos e necessitados.
A mediunidade pode ser Natural ou de Prova
"Mediunidade Natural" é a mediunidade decorrente da conquista de valores morais e evolução espiritual. (Exemplo: Chico Xavier). Nessa situação o médium é um missionário em meio aos homens e tem sempre como objetivo a pratica da caridade e a eliminação de seus defeitos.
"Mediunidade de Prova" é aquela em que os homens sob a misericórdia Divina passam a ter intercambio com os espíritos guias e dessa forma, passam a ressarcir seus débitos kármicos do passado. Esse é o tipo de mediunidade da esmagadora maioria dos médiuns, sejam eles umbandistas, kardecistas, seguidores do Candomblé ou ainda, de qualquer outra religião, tendo em vista que o fenômeno mediúnico existe em todas as religiões ou civilizações.
Deus assim procede para que ninguém nunca possa dizer:
"Não tenho fé porque fui privado do contato com os espíritos"!
Os kardecistas catalogaram perto de 60 tipos de mediunidade, sendo as mais comuns a:
Psicografia, Vidência, Auditiva, Intuitiva,
Sensitiva, de Cura, Efeitos fisicos, Incorporação.
Psicografia
O guia do médium envia seus pensamentos a mente do médium concentrado. Em seguida envia comandos ao sistema nervoso do médium e passa a ter domínio sobre o braço e a mão do médium e nessa situação a escrita se desenvolve. A caligrafia é normalmente a mesma que o espírito adotava quando encarnado.
Vidência
Na mediunidade de vidência o médium vê e pode conversar com os espíritos, porém, esse tipo de vidência é rara, o mais comum é a vidência momentânea situação em que podemos ver os espíritos em frações de segundo. Deve-se sempre desconfiar dos videntes até que fique comprovada a sua veracidade como médium.
Auditiva
Na mediunidade auditiva o médium ouve as vozes dos espíritos, mas não ouve com os ouvidos e sim, com a mente.
O médium ouve a comunicação como se fosse um pensamento, mas ouve com timbre, onde pode distinguir um espírito masculino ou feminino, se ele está irritado ou se o espírito comunicante é amigo. A obsessão utiliza largamente esse meio para atingir seus desafetos.
Intuitivos
Na intuição um espírito amigo (ou inimigo), envia sugestões através de seus pensamentos ao médium. Cabe ao médium ter discernimento nessas comunicações a fim de não cometer erros.
A intuição pode muito nos ajudar, mas se a fé for cega poderá ser perigoso.
"A obsessão faz uso dela amplamente".
Sensitivos
Os sensitivos quando adestrados e desenvolvidos corretamente são muito úteis, principalmente em reuniões em que não estão presentes os videntes.
São capazes de perceber vibrações nas pessoas, objetos, plantas, animais e ambientes, mas a principal característica é sentir a presença dos espíritos e suas vibrações, como exemplo;
"Se são bons ou maus".
Curadores
Este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação.
Existe logicamente a necessidade de elevada espiritualidade para que esse tipo de médium atinja seus objetivos.
"São médiuns raros"
Efeitos fisicos
Por intermédio desse tipo de médium, os espíritos podem causar manifestações no nosso mundo físico. Podem movimentar objetos de grande porte, se materializarem e serem palpáveis ao toque físico.
Utilizam para tanto os fluidos do médium conhecido como "ectoplasma".
Para realização das sessões de materialização são necessários além da forte concentração de todos os presentes, das orações preliminares e do ambiente totalmente escuro. Mas em alguns casos espontâneos, existem registros dessas manifestações em qualquer ambiente e sem preparo algum.
O fenômeno abaixo ficou conhecido como "Mesas Girantes".
"CONSCIENTE"
Na mediunidade de incorporação consciente o Guia aproxima-se do médium e faz ligações apenas junto ao cérebro de seu médium e a ele envia seus pensamentos. Nesta situação o Guia se valerá também de outros tipos de mediunidade que o médium apresente como exemplo;
A mediunidade intuitiva,
A auditiva
E a sensitiva.
O Guia de um médium consciente sempre irá utilizar todos os meios que tiver ao seu alcance para se fazer compreendido e transmitido aos seus consulentes.
Neste caso o médium permanecerá consciente e notará todas as situações que ocorram no ambiente dos trabalhos e quando desenvolvido corretamente e ciente de seu papel como médium, a atuação de seu Guia aumentará gradativamente através da assiduidade do médium nos trabalhos, situação em que o médium quanto mais assíduo nos trabalhos, mais passa a perceber movimentos dos seus braços, pernas e da boca sem o seu comando e nesse patamar caminha para semi-consciência.
Por ser a mediunidade de incorporação consciente a mais comum, é ela que mais confusão faz na mente de um médium no inicio de sua missão, o que o faz muitas vezes duvidar das comunicações enviadas a sua mente, onde imagina estar transmitindo com suas próprias palavras as comunicações que lhe chegam a mente o que não corresponde a realidade que vive o médium consciente quando integrado a uma corrente séria. O médium consciente quando firme e convicto de sua missão mediúnica não dá importância ao fator consciência de sua mediunidade e segue com naturalidade na sua missão, adaptando-se aos meios que seu Guia usa para se comunicar e se fazer compreendido.
Quanto mais dedicado a sua missão é o médium consciente, maiores serão as influencias de seus Guias, que vão gradativamente se apresentando com maior força, o que é lógico, aumenta muito a fé do médium em seus Guias. Mediunidade exige adestramento constante, quanto mais adestrado, menos propenso a duvidas ficará qualquer médium.
Na aproximação do Guia que tenta fazer as ligações necessárias entre ele e o médium, são comuns os tremores do corpo e o aumento forte da respiração do médium, esse fato ocorre devido ao deslocamento sutil do duplo etéreo do médium.
"SEMI-CONSCIENTE"
É semi-consciente quando o Guia atua sobre o cérebro e o duplo etéreo do médium e movimenta os órgãos da fala e os membros do médium com maior facilidade e naturalidade, mas o médium poderá ter ainda em grande parte a visão do que ocorre a sua volta e percebe em grande parte o que ocorre no ambiente dos trabalhos.
Nesta situação, o médium ao final da incorporação, terá vagas lembranças dos fatos e pessoas que com o seu guia tiveram contato.
A manifestação do Guia será forte e claramente sentida pelo médium, porém, a lembrança dos fatos desaparece rapidamente, podendo-se comparar a um sonho, rapidamente esquecido. Esse tipo de mediunidade já é menos comum, ou seja, a cada 100 médiuns em início de seu desenvolvimento, 15 ou 20 estarão desta forma classificados
Na aproximação do Guia que tenta fazer as ligações necessárias entre ele e o médium, também são comuns os tremores do corpo e o aumento forte da respiração do médium, esse fato ocorre pelo mesmo motivo, o deslocamento sutil do duplo etéreo do médium.
Por intermédio desse tipo de médium, os espíritos podem causar manifestações no nosso mundo físico. Podem movimentar objetos de grande porte, se materializarem e serem palpáveis ao toque físico.
Utilizam para tanto os fluidos do médium conhecido como "ectoplasma".
Para realização das sessões de materialização são necessários além da forte concentração de todos os presentes, das orações preliminares e do ambiente totalmente escuro. Mas em alguns casos espontâneos, existem registros dessas manifestações em qualquer ambiente e sem preparo algum.
O fenômeno abaixo ficou conhecido como "Mesas Girantes"
"INCONSCIENTE"
É médium inconsciente quando o Guia atua de forma ampla sobre o espírito, o cérebro e o duplo etéreo do médium, ocasião em que o médium adormece, mas permanece ao lado do seu corpo, ligado fortemente por um cordão magnético, também conhecido como cordão prateado. (na imagem está representado pela cor rosa).
Na aproximação do Guia que tenta fazer as ligações necessárias entre ele e o médium, são também comuns os tremores do corpo e o aumento forte da respiração do médium, esse fato também ocorre devido ao deslocamento sutil do duplo etéreo do médium.
Neste caso, a posse do guia sobre o corpo do médium é total. Uma vez terminada a incorporação, o médium de nada recordará dos fatos ou pessoas que com os seus guias tiveram contato. Esse tipo de mediunidade NÃO É COMUM. Na média, a cada 100 médiuns, em início de seu desenvolvimento, de 1 a 3 médiuns poderão ser totalmente inconscientes.
Em qualquer situação as ligações de um Guia ao corpo astral de seu médium, são complexas e difíceis de explicar e exige do Guia, também grande aprendizado.
Explicar como é a incorporação na Umbanda com certeza é a parte mais difícil para qualquer médium. Muitas pessoas tem curiosidade, querem entender como funciona na parte prática as sensações de incorporar um irmão espiritual, mas descrever esse acontecimento é um pouco complicado. Vou principiar do início e começar a dizer das sensações para o efeito e o pós, acho que vai ficar mais claro para que você que fará a leitura consiga entender.
As sensações físicas mais comuns que eu sempre senti no inicio de minhas incororações envolviam pernas bambas, e uma paz muito grande.
Cada entidade tem suas características físicas, então, dependendo da entidade ela se manifestará de um jeito.
Quando a vibração é de preto velho logo sinto uma dor nas costas que me faz encurvar, as pernas também enfraquecem, não é a toa que o médium quando incorpora essa entidade sempre senta em um banquinho, é porque simplesmente não conseguimos ficar em pé por muito tempo nessa posição.
Por que sentimos isso? O próprio nome já diz "preto velho" são entidades com características de um negro, muito idoso e sábio. Essa entidade vem nos ensinar sobre paciência e humildade, assim usam essa roupagem como forma de transmitir esse ensinamento.
Cada entidade tem sua característica física, na minha opinião é como se fosse uma identidade do espírito, isso ajuda muito o médium a identifica-lo. Com o tempo fui aprendendo que um caboclo atirava flecha, outro batia no peito, outro agachava, cada um tem uma forma de "chegar" no terreiro, na incorporação.
Com a prática comecei a identificar as entidades que trabalhavam comigo por essa "assinatura" e antes delas incorporarem eu sentia a sua vibração e comecei a saber com quem iria trabalhar naquela noite.
Um médium pode trabalhar com uma ou várias entidades, é tudo uma questão de sintonia, vibração, e chakras alinhados.
Algumas pessoas acham que quando incorporamos o nosso espírito sai do corpo para dar lugar a outro e que depois não lembramos de nada porque não estávamos ali, mas não é bem assim que acontece. O que acontece é uma união dos dois espíritos, a entidade se aproxima e se conecta através dos chakras pelo perispírito, que é o que liga o espírito ao nosso corpo.
Assim eles nos usam para se manifestar, para transmitir mensagens, por isso somos médiuns, somos intermediários entre o mundo espiritual e o físico.
Existem médiuns inconscientes, mas eu não sou um deles. Sempre estive presente em todas as incorporações, e essa é a parte mais difícil, saber diferenciar o seu pensamento da intuição que é passada pela entidade, é preciso se entregar muito na hora da incorporação, estar com a mente completamente focada e dentro do trabalho.
Os trabalhos sempre começam com o canto de pontos (músicas) e defumação, isso é bem comum em várias religiões, é um forma de nos fazer entrar em sintonia com Deus e as entidades que vamos trabalhar, e pra mim isso funciona como um mantra.
Sempre que os pontos começam eu me desligo do mundo lá fora, e sinto minha mente e corpo se alinharem na paz que preciso para dar passagem para o guia espiritual fazer o trabalho que for necessário.
Depois que você incorpora, seus trejeitos mudam pois a entidade passa a se manifestar em você.
Muito importante dizer, existe muita hierarquia dentro de uma gira de Umbanda, nada é feito sem ordem ou sem motivo.
Após a noite de trabalho com a incorporação, a sensação de paz e bem no coração é muito grande, o corpo físico fica bem cansado mas a alma fica leve. E isso acontece como uma forma de agradecimento, é como se ficássemos com um pouco da luz daquele espírito com quem trabalhamos.
O sono é pesado e revigorante, no dia seguinte estamos completamente recuperados do cansaço e pronto para outra, e ficamos com uma sensação muito boa de gratidão nos dias que se seguem.
Sobre o que foi dito ou visto do consulente na hora da consulta espiritual não lembro de nada, o máximo que resta são memórias falhas que também se apagam com o tempo, a entidade se encarrega de levar com ela essas informações.
Como eu disse, essa não e uma coisa fácil de explicar, mas pelo que já estudei e li e pelo que já tive a oportunidade de vivenciar é basicamente isso que acontece.
Existem muitos outros detalhes que variam de médium para médium e também muitas explicações mais técnicas para quem deseja compreender mais a fundo a incorporação.
O importante é que depois de ler você consiga entender o que acontece com um médium de forma bem simples e direta.
Acredito que a mediunidade e a incorporação precisam ser vistas com olhos mais "normais", como algo palpável, que não tem o que ser temido ou evitado.
Ser médium é uma dádiva, e todos os que são precisam ser gratos pela oportunidade. E você que é e por algum motivo ainda não faz esse trabalho em prol da caridade, reveja seus conceitos com carinho, pois existem muitas pessoas (e almas!) perdidas que precisam do seu trabalho e da sua dedicação.
7 SINTOMAS DE INCORPORAÇÃO:
Se você já sabe que é médium, mas não tem certeza se a sua habilidade envolve a incorporação, fique atenta aos seguintes sintomas:
TROCA DE ENERGIA
Todo ser humano ao se comunicar troca energia com outro ser. É natural que um médium, por ser mais sensível, consiga perceber com maior facilidade. Ele troca e absorve energias durante uma incorporação, essa energia pode ser positiva ou negativa, mais forte ou mais fraca. O médium costuma sentir essa troca de energia no seu corpo físico e/ou espiritual. Alguns médiuns sentem os efeitos da troca energética por dias após a incorporação.
TREMORES
Alguns segundos antes de incorporar, é comum que o médium sinta alguns tremores em seu corpo físico. Eles são comuns quando o médium se propõe a se tornar um canal de transmissão de mensagens para o plano espiritual. Os médiuns também podem apresentar solavancos na "entrada" e "saída" do espírito em seu corpo físico, apesar desse efeito não estar presente em todas as incorporações.
BOCEJOS
Os bocejos são dos sintomas mais comuns de troca energéticas que presenciamos. Pessoas sensitivas costumam relatar o bocejo quando entram em contato com alguém ou algum lugar, isso é, quando realizam uma troca energética involuntária.
ARREPIOS
Já entrou em um local e sentiu um arrepio inexplicável? Esse também é um sinal de troca de energia com o mundo espiritual e o médium na incorporação costuma sentir um ou mais arrepios resultantes dessa troca.
ALTERAÇÕES DE TEMPERATURA
Outra sensação comum relatada pelos médiuns é a troca de temperatura. Alguns sentem frio de súbito, outros sentem a temperatura do corpo subir muito depressa. Isso acontece pela alteração da pressão arterial resultante da incorporação.
FORMIGAMENTOS
Apesar de nem todo médium sentir esse efeito, é relatado que a dormência nas pernas, pés e/ou mãos pode acontecer durante a incorporação. Em alguns médiuns esse efeito é tão forte que o corpo todo fica dormente.
EFEITOS DESAGRADÁVEIS
Apesar de serem menos frequentes, alguns médiuns sentem durante a incorporação sensações desagradáveis como pressão no peito, tremores fortes, vômito e até perda de consciência. Essas sensações variam muito e são mais comuns em médiuns inexperientes que têm medo da incorporação ou então ao entrar em contato com espíritos de energia pesada/carregada.
Apesar de existirem outros indícios, a mudança de humor é uma evidência que não pode ser desconsiderada. Os médiuns possuem a aura mais densa, justamente para permitir a aproximação dos espíritos e a comunicação. E um médium de incorporação tem a aura ainda mais espessa. Em função disso, é verdade também que um médium de incorporação é um alvo mais fácil para os assediadores, pois a resposta que o médium apresenta em relação à influência espiritual é muito forte.
Um médium de incorporação vive cercado de espíritos, e sofre muito com isso. Quando essa habilidade não está sendo tratada, a vida desse médium pode ser desastrosa. Especialmente em função das mudanças repentinas de humor, a convivência com a família fica muito prejudicada. Sabe aquela pessoa que acordou bem, sorrindo, e dez minutos depois um detalhe qualquer já tira a pessoa do sério? Pois é. Quase sempre se trata de influência espiritual. A raiva e a agressividade também sempre aparecem, e é difícil explicar para quem convive com esse problema que aquela pessoa não tem, de fato, aquele comportamento, mas sofre um assédio espiritual violento. A pessoa acaba sendo taxada de louca, desequilibrada e o sofrimento é certo.
Por isso, é essencial que a mediunidade seja tratada e desenvolvida, para o bem do médium. Sem esse trabalho a vida da pessoa pode ser arruinada, já que todo o corpo físico e energético do médium é construído de forma diferenciada para suportar essa comunicação entre mundos. E quando essa máquina não é utilizada, começam as complicações.
Essa também é uma dúvida muito comum. Se todos têm livre-arbítrio, podemos escolher não cumprir com a missão mediúnica? Sim.
O livre-arbítrio alcança a mediunidade e a missão de vida, o propósito de uma consciência quando encarna. Mas há consequências. Infelizmente, o livre-arbítrio é um pouco mal compreendido, assim como também é a liberdade que possuímos (ou não) para tomar decisões e conduzir a nossa vida.
Apesar das religiões serem tão opressoras, a ideia de que somos senhores completos do nosso destino está muito presente no pensamento espiritual atual. Ai de quem disser que não temos lá muito controle sobre o que nos acontece. Nessa hora, se esquecem de Deus, das hierarquias e de toda a espiritualidade, e tendem a pensar que a vontade e a energia de cada um é o suficiente para atingir os objetivos de vida e realizar desejos, o que não é completamente falso.
Pense em um cachorro, que está preso em um sítio. Ele tem autonomia, tem liberdade para tomar decisões, mas não todas.
Ele só controla o que acontece dentro do sítio, e nem imagina que fora dele existe uma rua, uma cidade, um país e o mundo, e que outros cachorros vivem experiências totalmente diferentes das dele.
O sítio é a nossa vida, pois, quando nascemos aqui, vamos enfrentar uma configuração familiar, financeira, física e social de acordo com as necessidades de crescimento e evolução que a nossa consciência precisa.
Logo, parte do nosso livre-arbítrio fica lá na espiritualidade, quando concordamos com certos aspectos da nossa vida. Uma vez encarnados, há coisas que não mudamos e que, se tentarmos, vamos sofrer consequências.
Com a mediunidade acontece isso: aceitamos que essa faculdade pode nos ajudar a evoluir e, portanto, aceitamos a missão de colocar esse "poder" em função do outro, para prestar assistência ao outro. E, quando reencarnamos, pouco podemos fazer a respeito.
É fato que ninguém vai colocar uma arma na sua cabeça e obrigar você a estudar e desenvolver a sua mediunidade, mas, se esse era o plano, a recusa em cumpri-lo vai complicar bastante a sua vida.
O assédio vai ficar muito intenso, a vida social e familiar será prejudicada e as doenças vão aparecer.
Primeiro, vem a depressão e a ansiedade, que aparecem tanto em função da perturbação espiritual quanto da sensação de que a vida não progride.
Depois disso, qualquer outra doença pode aflorar, como, por exemplo, câncer e outros desequilíbrios físicos e mentais.
Por isso, é mais fácil aceitar a missão e conseguir levar uma vida mais leve e feliz, do que lutar contra ela e enfrentar um sofrimento que pode durar toda uma vida.
Axé