MEDIUNIDADE I
Reciclagem mediunica
A mediunidade é um compromisso ou uma missão? Os médiuns são credores de uma proteção especial? Por que se nasce médium? Os médiuns são pessoas diferentes? O exercício da mediunidade é somente esforço e luta? Ela representa uma obrigação?
Missão: "Encargo, incumbência. Delegação divina instituída num intuito religioso. Compromisso, dever imposto ou contraído, obrigação."
Compromisso: "Comprometimento. Obrigação ou promessa mais ou menos solene."
Todos os médiuns têm uma missão a cumprir e toda missão é importante.
A missão do médium, seja qual for o seu grau de mediunidade, é a de ser intérprete dos Espíritos, mantendo acesa a chama da fé na Imortalidade.
Ninguém se habilita a uma tarefa - digamos - maior, se não desempenha com dedicação os encargos considerados menores.
Os médiuns investidos de missão especial, geralmente não têm consciência definida sobre o trabalho que lhes cumpre desempenhar.
(...) Os verdadeiros missionários fogem ao elogio e reconhecem a sua pequenez ante a magnitude da causa a que servem.
(...) Os médiuns devem limitar-se a cumprir o seu papel, empenhando nisso o melhor de seus esforços, conscientes de que estarão sendo os maiores beneficiados, consoante a máxima evangélica: "É mais bem-aventurado dar que receber".
Ninguém se queixe de suas lutas.
A mediunidade é um caminho para os Cimos, mas não é o único.
Outros companheiros, noutros setores das atividades humanas, estão fazendo mais e melhor, sem serem médiuns...
O que destaca a mediunidade é a direção que se lhe dá.
Os alicerces de uma casa, embora estejam enterrados, é que lhe garantem as estruturas.
Médiuns existem que passam pela Terra quase que em completo anonimato, mas ante os olhos de Deus são verdadeiros missionários do Bem.
Outros estão sempre em evidência, todavia assemelham-se, infelizmente, às flores artificiais: são belas, enfeitam o ambiente, mas não têm perfume...
A mediunidade é fenômeno inerente ao processo evolutivo; faz parte da condição natural de todos os seres humanos. Não se pode impedi-la, pois seu desenvolvimento vai continuar independentemente de nossos medos, ilusões e incredulidade.
(...) A mediunidade está intimamente ligada à vocação, aptidão, realização, criatividade, espontaneidade, e desvinculada de qualquer obrigação ou pressão autoimposta.
(...) Não devemos forçar a eclosão das faculdades extrassensoriais. Mas podemos oferecer condições apropriadas para que venham a aflorar de forma espontânea e equilibrada.
Obrigação pode ser conceituada como tudo aquilo que nos é imposto ou forçado. Obrigar-se a algo ou a alguém implica ser governado pela expressão ilusória "deveria".
"Devo desenvolver a mediunidade" equivale a dizer "não quero, mas sou obrigado a desenvolver". Não somos obrigados a nada!
Mesmo quando realizamos algo significativo, se somente pensarmos nele como compromisso ou trabalho, sem o necessário gosto e motivação, alguma coisa estará errada conosco. Por mais que concretizemos feitos edificantes envolvidos por motivos sinceros, se sua realização não for feita com prazer/vocação, sentiremos mais esforço e imposição do que felicidade e conforto. Ninguém deve viver e trabalhar sem contentamento.
Deus não dá encargos e incumbências às criaturas, mas coloca nelas vocações ou predisposições inatas. Os dons espirituais são capacidades inerentes da alma. Vocação é um talento a ser exercido de uma forma exclusivamente nossa. A maneira como identificamos ou entendemos as nossas forças psíquicas determinará a produção mediúnica que teremos.
(...) A mediunidade se transforma em crescimento e amadurecimento espiritual quando for exercida com prazer e compreendida em termos de espontaneidade e predisposição natural.
Etimologicamente, a palavra médium significa meio. Em uma tradução menos literal, instrumento ou veículo. Em outros termos, a adoção dessa palavra pelo Espiritismo justifica-se em face da constatação, feita desde os tempos do Codificador Allan Kardec, de que as pessoas que nos transmitem as mensagens do plano espiritual são apenas parte de um mecanismo de ligação entre os dois mundos o material e o espiritual. Nesse sentido, o termo médium encontra-se perfeitamente contextualizado: numa visão metafórica, sem o instrumento musical, a melodia não pode sair do mundo das idéias do músico em direção aos ouvidos e à própria sensibilidade artística dos ouvintes.
Ainda assim, como também já foi extensamente discutido desde as primeiras obras da Codificação Espírita, não se deve menosprezar a importância das qualidades morais e psíquicas dos médiuns. Uma mente povoada pela desordem emocional ou por pensamentos e sentimentos moralmente inferiores, certamente interfere na qualidade das transmissões vindas do plano espiritual assim como um instrumento em estado inadequado ou simplesmente desafinado não pode reproduzir fielmente a melodia que surgiu na mente do compositor.
Em resumo, muito embora seja tão somente um meio , o médium é grandemente responsável pela fidelidade e mesmo pelo nível moral das mensagens que veicula, haja vista que não seria concebível, pelo princípio das afinidades, que alguém de baixo padrão moral pudesse ter companhias de caráter angélico em suas atividades mediúnicas.
"A mediunidade é o mediunismo desenvolvido, racionalizado e submetido à religião religiosa, filosófica e às pesquisas científicas necessárias ao esclarecimento dos fenômenos, sua natureza e suas leis.
Mediunidade: É a faculdade humana pela qual se estabelece a relação entre homens e espíritos.
Não é um poder oculto que se possa desenvolver através de praticas, rituais ou pelo poder misterioso, desenvolve-se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para captação mental, de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca e nos afeta, com as suas vibrações afetivas e psíquicas.
É a faculdade ou aptidão que possuem certos indivíduos determinados médium, de servirem de intermediário entre o mundo físico e espiritual. A mediunidade é dada sem distinção a fim de que os espíritos possam levar a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico, os virtuosos, para os fortalecer no bem, e os viciosos para os corrigir.
Mediunidade é simplesmente uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dócil, aos espíritos em geral. O bom médium é aquele que constrói boas qualidades morais e constantemente cultiva bons pensamentos, possui o hábito da oração e da leitura.
Dessa maneira , a mediunidade é a condição natural do homem, uma faculdade geral da espécie humana, que se revela em dois campos paralelos de fenômenos: os Anímicos: Que são os fenômenos mediúnicos, com o qual há maior influência do espírito do médium na relação entre duas esferas, como nos casos de vidência. Espíritas: são fenômenos mediúnicos, quando, na relação, há uma atuação direta do espírito desencarnado sobre o encarnado, como ocorre na audiência e na psicografia.
O que se entende por mediunismo? Qual diferença com a mediunidade?
O homem é um ser mediúnico. Mediunismo é a forma primitiva da Mediunidade.
Provém das selvas onde a ideia básica é o assombro com o mundo misterioso cheio de seres estranhos. Esse sentimento mágico do mundo estabeleceu relações entre os homens, as coisas e os outros seres. A imaginação primitiva passa cultuar o sol, a lua, montanhas coroadas de nuvens, grandes rios, etc. Da reverência aos chefes poderosos nasce a submissão que se estende aos pages, xamãs, sacerdotes mágicos das tribos e hordas. Aparece a crença nos homens-deuses com poderes divinos produzidos por indivíduos que possuíam "dons" mediúnicos.
A expressão "mediunismo" é criada por Emmanuel para designar, diferenciando, essas formas primitivas da Mediunidade propriamente dita.
Todas as formas das religiões primitivas sem desenvolvimento intelectual e cultural, caracterizam-se por práticas mágicas ligadas ao mediunismo: às religiões africanas misturadas às religiões indígenas; a mistura com o islamismo e catolicismo desenvolveram no Brasil e no continente as diversas formas do mediunismo.
A diferença entre mediunidade e mediunismo está no problema da conscientização do fenômeno mediúnico. Nas religiões primitivas não havia nem podia haver reflexão sobre o fenômeno, seu sentido, natureza, utilidade e função. Tudo se resumia na aceitação dos fatos e na utilização para finalidades práticas imediatas, do dia-a-dia. Mediunidade é mediunismo desenvolvido, racionalizado submetido à reflexão religiosa e filosófica, às pesquisas necessárias ao esclarecimento do fenômeno, sua natureza, função, leis que o regem etc., etc. Enquanto o mediunismo absorve a herança mágica do passado e mistura-se com religiões, crenças e superstições de toda espécie a Mediunidade rejeita infiltrações que possam alterar, modificar, prejudicar sua natureza racional e comprometer seu desenvolvimento natural.
Daí, como definir Mediunidade?
"(...) Faculdade humana natural pela qual se estabelecem as relações entre os homens e os Espíritos. O contato é feito mente a mente e se desenvolve naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para captação mental e sensorial das coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca e nos atinge com suas vibrações psíquicas e afetivas. Não é poder oculto que se possa desenvolver através de práticas rituais ou pelo poder misterioso de um iniciado ou guru.
Mediunidade pertence ao campo da comunicação. Da mesma forma que a inteligência e demais faculdades humanas. Mediunidade se desenvolve no processo de relação e configura-se como simples relacionamento homem/Espírito, uma vez que o fato do Espírito estar encarnado não o priva de relacionar-se com Espíritos libertos, do mesmo modo que um homem encarcerado pode conversar com o cidadão livre, através das grades."
Normalmente, quando algo de anormal acontece conosco, buscamos a Medicina para resolver. Porém, acontece que muitos desconfortos são apenas minimizados em seus sintomas através da ingestão de medicamentos, e acabamos voltando ao médico diversas vezes, chegando a acreditar que o profissional teria se equivocado no diagnóstico. O que acontece é que a Ciência trata o sintoma quando não aparece a causa física. Geralmente nos casos que envolvem comportamentos como angústia, desânimo e depressão, a receita são os medicamentos para tratar tais manifestações. A pessoa "vai levando" a vida, inclusive acreditando que seu estado é normal e que nunca voltará a ser como era antes.
Por trás disso tudo está, muitas vezes, a chamada mediunidade. A Ciência não a reconhece como causadora de certos sintomas, mas a mediunidade é bem explicada e estudada por certas religiões, já que não está atrelada a crenças, sendo algo inerente ao ser humano. Já nascemos com esta aptidão. A mediunidade pode causar sonolência, enjoo, náusea, tristeza, euforia, distúrbio comportamental, visões, cheiros, efeitos físicos como movimento de objetos, barulhos como batidas, arranhões e também desmaios, entre outras particularidades. Quando isso ocorre, é necessário buscar-se o médico para uma avaliação, mas também buscar uma das religiões que tratam o assunto com seriedade, a fim de se obter um parecer. Não existe uma idade específica para que o médium sinta aflorar em si essa particularidade. Essa aptidão normalmente já está certa para acontecer quando ainda estamos na espiritualidade, preparando a nossa vinda ao corpo físico.
Lá juntamente com os benfeitores espirituais, traçamos metas a serem atingidas aqui após o nascimento e uma delas é a tarefa de desenvolver a mediunidade, com a finalidade de ajudar as pessoas que necessitam.
Muitos acreditam que ela é algo ruim por nos gerar sintomas desconfortáveis. Mas, na realidade, a mediunidade é benéfica, pois possibilita que ajudemos outras pessoas. Além do mais, o estudo nos propicia o aprendizado para lidar com ela.
Sintomas da mediunidade
É considerado médium aquelas pessoas que possuem o dom de perceber ações, situações ou coisas sobrenaturais. Muitas pessoas se perguntam: "Como saber se eu sou médium?" Acredita-se que todo ser humano é médium. Acontece que os sintomas de mediunidade se desenvolvem mais em uns do que em outros.
Segundo o próprio fundador do espiritismo, Allan Kardec, todos nascem com uma propensão para a mediunidade e para a vidência. Nem todos têm a capacidade de se desenvolver espiritualmente e, por esse motivo, muita gente não acredita nos sintomas de mediunidade e passa a vida sem acreditar na percepção de leves frequências. Pensam ser somente uma intuição.
Essa capacidade extrafísica, chamada de mediunidade, está entranhada em todo mundo, independente do modo de vida ou crença de cada um. Aquela pessoa que consegue ser um mediador entre os dois mundos, físico e espiritual, na verdade, é um médium ostensivo, que alto grau de mediunidade, bem aprofundada.
Como saber se eu sou médium?
A resposta para essa pergunta, "como saber se eu sou médium?", e que paira a cabeça de todos que ao menos tem conhecimento sobre mediunidade, destaco outras perguntas que devem ser respondidas de maneira mais sincera e honesta possível:
- Você já teve, ou tem, a sensação de que outras pessoas estão falando contigo, mesmo estando sozinho?
- Você sente ou sentiu, aquele arrepio na espinha ou calafrios repentinamente?
- Você consegue identificar e sentir os sentimentos de outras pessoas que estão ao seu redor?
- Você acorda frequentemente com o corpo mais pesado do que o normal?
- Em lugares muito cheios costuma se sentir indisposto, com mal-estar?
- Já teve aquela sensação de estar sendo observado e quando procura em volta não vê ninguém?
- Você se sente mal ao ver plantas sem vida ou animais sofrendo?
- Seus sonhos aparentam ser verdadeiros?
- Costuma ficar nervoso ou com tremor sem explicação plausível?
- Se as suas respostas foram 'sim' para a maioria das perguntas, você pode ser considerado um médium. Mas isso ainda não define o seu grau de mediunidade. Prova, a princípio, que você tem uma certa conexão com um plano espiritual.
Desenvolver a mediunidade depende de cada um, das escolhas espirituais e a determinação em incentivá-la.
Tirando as dúvidas de como saber se sou médium
Além de responder as perguntas acima, alguns pontos se destacam e podem indicar se você possui ou não os sintomas de mediunidade, confira:
Vidência ou audição espiritual: Intuição muito aguçada, como se alguém soprasse o que se deve fazer. Sonhos verossímeis e premonitórios, muitas vezes ouvindo vozes de pessoas que não estão vivas.
Transe psicofônico ou psicográfico: Quando tem vontade de escrever, geralmente em caráter de urgência, e quando avalia o que escreveu percebe que a ideia não foi sua. Quando realiza ações ou fala de um modo que não corresponde com a sua personalidade.
Sensibilidade emotiva: Parece que sente as emoções dos outros de uma forma intensa. Fica muito mais sensível do que de costume.
Sintomas físicos: Cada ser humano reage de uma maneira no início da manifestação mediúnica. Os sintomas físicos tendem a ir amenizando à medida que a pessoa vai se aprofundando no assunto e começa a trabalhar para desenvolver a sua mediunidade.
- Suor excessivo nas mãos;
- Transpiração exagerada nas axilas;
- Formigamento nas extremidades;
- Vermelhidão nas orelhas e nas bochechas, aparentemente sem motivo;
- Sensação de orelhas queimando;
- Sentir calafrios;
- Sensação frequente de desmaio;
- Falta de energia;
- Acordar cansado demais;
- Melancolia e abatimento perceptivo;
- Desenvolvimento de novas fobias;
- Palpitação ou taquicardia;
- Ânsia de vômito;
- Insegurança exagerada;
- Pés gelados;
- Dores nas costas;
- Perda ou excesso de sono.
Alguns dos sintomas passam até despercebidos, mas, se você se vê nas situações exemplificadas acima, há fortes indícios que você é médium e que precisa estudar para desenvolver sua mediunidade.
A certeza de que você é médium
Os principais sinais de que você possui mediunidade ostensiva são:
- Vidência espiritual comprovada;
- Audição espiritual comprovada;
- Transe psicográfico - quando se escreve mensagens ditadas pelos espíritos (Chico Xavier é o maior exemplo, tendo psicografado mais de 400 livros);
- Transe psicofônico - quando um espírito se comunica com a voz através de um médium, podendo ser de forma consciente ou inconsciente (sonambúlica);
- Efeitos físicos, como por exemplo, conseguir mover objetos sem que ninguém os toque; ou conseguir alterar a luminosidade; etc.
- É importante saber que para praticar o que a doutrina estabelece, o auxilio de pessoas mais experientes na área se faz necessário. Não é preciso ter medo da mediunidade, essa é somente a forma de ajudar os espíritos que necessitam.
Entenda um pouco mais sobre esse dom que vem no nascimento
Médium ou sensitivo é uma pessoa de sensibilidade aguçada que pode registrar a presença de espíritos e também transportar-se para o plano espiritual e descrever cenas e fatos. Pode ouvir espíritos e emprestar seu corpo físico para espíritos desencarnados.
O fato de o indivíduo ser médium não lhe confere necessariamente a coroa de santificação. Médium é um trabalhador da verdade que, quanto mais moralizado e informado, melhor tem condições de servir ao próximo e ser veículo de espíritos com intenções positivas.
Médiuns existem no espiritismo e fora dele. O espiritismo não inventou os médiuns, eles sempre existiram em todas as culturas, em todas as partes do mundo e já foram chamados por muitos nomes.
Mas será que eu sou mesmo médium?
Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos espíritos ou seres invisíveis é médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que não possuam algum grau de sensibilidade mediúnica.
Todos somos, pouco ou muito, médiuns. Mas usualmente só se qualificam assim aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.
Todo mundo pode ser um médium?
A capacidade para ser médium espiritual é algo inerente a qualquer pessoa. Quem afirmou isso foi o próprio fundador do espiritismo e maior estudioso da mediunidade que já existiu, Allan Kardec. O dom da mediunidade está presente em todos nós, em diferentes escalas. Porém, é preciso desenvolver esta habilidade para que você consiga interpretar as mensagens.
Como a mediunidade se manifesta?
O mediunidade funciona através de diversos canais. O médium pode entrar em contato com espíritos que estão no local, pode empretar seu corpo para que almas e guias possam conversar com outras pessoas, pode apenas ouvir mensagens e transmití-las ou ainda ver seres que estão entre nós.
Como você pode perceber, o canal de comunicação de um médium com outros seres pode se manifestar de diversas formas. Por isso, aquelas pessoas que possuem o dom da mediunidade precisam praticar e entender bem a sua habilidade para que consiga fazer a ponte entre os dois mundos.
Tipos de Mediunidade
Para tipos de mediunidade temos inúmeras variações. Classifico aqui algumas das capacidades "catalogadas" e presentes também em ambientes de Umbanda.
1 - Psicografia
A primeira menção sobre psicografia dentro da Umbanda é de Pai Rubens Saraceni. Com mais de 50 obras o sacerdote divide seus livros, entre os que fundamentam a Umbanda e seus ritos e os romances psicografados.
Rubens Saraceni iniciou um processo que ia na contramão do que se considerava "correto" à sua época. Hoje, é fácil encontrar obras de diversos autores umbandistas que psicografam romances mediúnicos, porém, nem sempre eles foram bem aceitos.
Em entrevista com a Revista Sexto Sentido, Pai Rubens Saraceni contou que quando deu início a prática de psicografar na Umbanda recebeu diversas críticas, inclusive de irmãos espíritas, porém respondeu a elas dizendo. "Médium é médium, seja de Umbanda, Candomblé ou Espiritismo, não importa a doutrina que ele siga. Eu mostrei que o dom da pessoa independe da formação religiosa e que tendo o dom, ela canaliza o que o astral quer".
2 - Incorporação
A manifestação mediúnica mais comum a Umbanda e a qual também se deve a sua fundação e sustentação é a incorporação. O ato de incorporar uma entidade, consiste em fazer a conexão entre os chakras do médium e os do guia.
Desta forma, no momento da incorporação nosso espírito continua "habitando" o corpo físico. Não há necessidade de se ceder esse lugar para que a entidade possa trabalhar. Entenda como isso acontece no texto: Tenho medo de incorporar.
3 - Psicofonia
Nessa modalidade o espírito se comunica por meio da fala do médium transmitindo sua mensagem. Um caso que gerou polêmica e ficou conhecido em todo o país, foi o do deputado Luiz Carlos Bassuma, que durante uma sessão solene diz ter recebido a mensagem de um espírito.
4 - Xenoglossia
Resumidamente, a xenoglossia pode ser tipificada como a capacidade que o médium desenvolve de falar em línguas. Esses dialetos são desconhecidos ao médium e até mesmo ao linguajar humano.
5 - Clariaudiência
Ouvir a voz do espírito. Pai Rodrigo Queiroz fala sobre essa capacidade no estudo Mediunidade na Umbanda "a clauriaudiência é a capacidade de ouvir os espíritos ao vivo. Você não ouve espírito no passado, nem no futuro e também não ouve coisas acontecendo fora do lugar. Não é premonição, nem nada disso. Tem clariaudiência, que é quando um guia espiritual se aproxima de você, fala e você escuta. Escuta assim como está me escutando, isso sim é clariaudiência."6
6 e 7 - Clariolfativo e Clarigustativo
Capacidade de sentir aromas e gostos presentes no mundo espiritual, ou seja, que não estão materializados nesse plano.
8 - Clarividência
Esse fenômeno ocorre quando o médium consegue ter a visão do mundo astral. É uma mediunidade mais difícil de se encontrar e às vezes há também uma confusão entre a pessoa que possui clarividência e aquele que vê "vultos" esporadicamente.
O clarividente manifesta essa capacidade mediúnica a qualquer momento, basta que esteja concentrado. A probabilidade disso acontecer aumenta quando a pessoa está no terreiro, no mesmo nível de ocorrência das incorporações por exemplo.
9 - Vidência
Nessa modalidade de mediunidade, encontramos a pessoa que concebe imagens de fatos e cenas que estão acontecendo ou já aconteceram em algum lugar.
Também explica isso no estudo sobre Mediunidade dizendo que "a vidência é quando a pessoa abre uma visão e abre-se uma tela aos olhos daquela pessoa. Semelhante a um computador. Abre essa tela/janela e ela consegue enxergar uma cena ou situação. Um indivíduo em outro ambiente, lugar ou tempo e traduz isso, isso é vidência."
10 - Pictografia
Conhecido como pintura mediúnica a pictografia é o dom de pintar e produzir arte conduzido pelo espírito. Nesse ato, a entidade toma as funções motoras do médium desenvolvendo a pintura como forma de manifestação.
11 - Inspiração ou irradiação
Consiste em "escutar" mentalmente ou intuir algo, mas é importante ressaltar que difere da clariaudiência, pois nessa modalidade, como já dito, o médium escuta claramente a voz do espírito, podendo até identificar e discernir o timbre da voz de seu mentor. A inspiração é algo mais sutil.
12 - Projeção astral
Nesse tipo de mediunidade o perispírito ou a alma da pessoa se projeta para fora do corpo realizando a conhecida viagem astral.
Esse desdobramento ocorre quando o espírito da pessoa tem alguma tarefa no astral e se "desliga" temporariamente do seu corpo físico para executa-la.
13 - Psicometria
Pode ser entendida como a mediunidade que possibilita que o médium obtenha informações sobre a história de algum objeto.
A mediunidade não é propriedade de uma ou outra religião, como um dos nossos sentidos sensoriais ela é algo natural ao homem, entretanto, cada um de nós viemos a este plano com o domínio de determinadas faculdades mediúnicas, que tem ligação com a vibração espiritual religiosa que rege nossa ancestralidade.